Não gostamos de falastrões não consagrados
“Sua derrota está chegando, será dia 1 de agosto no Brasil,
você não tem ideia do quanto sou dura”
Frase dita pela lutadora do UFC, a paraibana Bethe Correia,
antes de ser nocauteada em menos de 1 minuto dentro do seu país pela ainda
campeã absoluta, Ronda Rousey.
Ronda não deu chance para Bethe |
Muitos se surpreenderam com o desfecho relâmpago da luta,
entretanto o fato é que muitos brasileiros TORCIAM para que a brasileira fosse
a lona o mais rápido possível, a postura ofensiva da paraibana passou dos
limites do octógono e acabou deixando de ser provocação para promover a luta e
virou ofensa pessoal em prol de “ganhar” uma rivalidade que nunca sequer
existiu, oportunismo bastante esperto por parte da brasileira, mas um tanto
ridículo também.
Nas redes sociais o clima pré luta era bastante
contraditório, a grande maioria dos brasileiros comprou a briga da americana,
principalmente após Bethe mencionar indiretamente o suicídio do pai de Ronda (que
se suicidou quando ela tinha apenas 8 anos). Aquilo foi a gota d´agua, Ronda
chegou a chorar quando concedeu uma entrevista para a TV americana, obviamente
como a campeã é esperta, usou muito bem o marketing negativo gerado pela
declaração da brasileira para ganhar ainda mais a simpatia que já possuía com
os brasileiros. Mas ainda sim, Bethe tinha sua torcida (mesmo pequena) que tinha como principal
argumento “Vamos torcer para as nossas lutadoras e ser patriotas, parem de
babar ovo de gringo, estou com você Bethe”
Acontece que Bethe Correia provavelmente lembrou o povo
brasileiro de outro falastrão que “causou” com algumas declarações
displicentes, o americano Chael Sonnen.
O melhor a fazer, era manter a calma, campeões sabem fazer isso. |
O especialista em wrestler chegou a dizer: “Diga a ele que
estou chegando para acariciar sua pequena mulher na bunda, pedindo pra ela me
fazer um bife, do jeito que eu gosto”
Existe uma linha tênue entre provocar, dar um upgrade no
show e ofender, passar dos limites tentando aparecer, dentro desta linha
raciocínio existe outra diferença, tentarei dar alguns exemplos.
Ibrahimovic: Jogador consagradíssimo, um dos maiores
jogadores da história do seu país, campeão das maiores ligas do mundo,
referência no meio em que atua, um dos maiores falastrões do futebol atual,
mesmo que você não aprove o jeito do sueco (a maioria gosta), somos obrigados a
dar o braço a torcer, o rapaz é sobrenatural.
Agora vamos ao seu antônimo.
Joey Barton: Jogador de proporção média, rodou por times
periféricos a maior parte da carreira, nunca se destacou a nível internacional,
nunca foi lembrado com frequência para defender seu país, mas ficou “famosinho”
por usar seu twitter para propagar declarações da estirpe de “Thiago Silva
parece um traveco” e algumas alfinetadas no Neymar, típico jogador que tenta
aumentar seu patamar futebolístico baseado em declarações para vender jornal, a
maioria das pessoas não gosta disso.
Existem outros tipos de falastrões que dão conta do recado,
tais como: Floyd Mayweather, Romário, George Best...
Com esses é questão de bater na mesa e dizer "Calma, o pai está aqui" |
Lógico que não há regra no sentido de não poder falar isso
ou aquilo, a liberdade de expressão deve ser absoluta, mas se deve entender que
em decorrência do conteúdo do que foi dito, a reação pode ser positiva ou
negativa, acredito que a diferença para ser considerado um “mito” ao invés de
um profissional “patético” é simples, trilhe seu caminho, conquiste vitórias e
ganhe troféus importantes, tenha seu próprio legado e se consagre, até porque
mesmo que para muitos sua declaração seja considerada abobrinha, você vai ter
as costas largas de um ícone que não pede pra sair na hora da verdade.
Talvez seja esse o porque do Brasil não ser unânime no apoio
a paraibana, Bethe esteve muito mais próxima de ser Chael Sonnen que Mayweather,
não gostamos de falastrões não consagrados.
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